O que é UX Design?
UX Design, ou Design de Experiência do Usuário, é um ramo do design que se concentra em compreender como usuários interagem e experimentam produtos e serviços. O objetivo do UX Design é criar experiências agradáveis, tanto em termos funcionais quanto emocionais.
Em startups de tecnologia, onde o UX Design se tornou uma função popular a partir de 2010, o campo inclui as seguintes atividades:
As bases teóricas do UX Design abrangem diversas áreas, como Psicologia Comportamental, Design Industrial, Ergonomia, estudos de Marketing e Consumo, assim como Ciências Sociais.
Histórico
O campo de UX Design é relativamente recente e tem passado por uma evolução e refinamento mais sistemático desde a década de 1990.
Sua origem remonta à área de Interação Humano-Computador (HCI), que surgiu nos anos 1980. Foi nessa área que Don Norman, um dos pioneiros da HCI e do Design Centrado no Humano, popularizou o termo "User Experience" (Experiência do Usuário) ao ingressar na Apple em 1993. Desde então, ele revisou e reconceituou esse termo, contribuindo para o desenvolvimento e crescimento do campo.
A partir dos anos 2000, o conceito de UX começou a se tornar comum nas primeiras grandes empresas de tecnologia, como Google e Facebook. Com o advento dos smartphones e da Internet móvel, a partir de 2010, o termo UX viveu um boom e passou a ser visto como uma das funções essenciais nas startups de tecnologia.
Essa trajetória mostra como o campo do UX Design tem evoluído e se tornado cada vez mais relevante na criação de produtos e serviços que oferecem uma experiência positiva aos usuários.
Divergências
Devido ao histórico, o termo UX Design pode ter diferentes definições e conceitos ao longo do tempo.
Uma definição específica e popularizada é que o UX Design se refere ao estudo e projeto do fluxo e aspectos interacionais de sistemas de informação, websites e, mais recentemente, aplicativos de smartphones. O objetivo é torná-los mais fáceis, intuitivos e agradáveis de usar.
Segundo o Nielsen Norman Group, consultoria líder na área, a "experiência do usuário" abrange todos os aspectos da interação do usuário final com a empresa, seus serviços e produtos.
Isso significa que vai além do fluxo de uso de telas e pode se aplicar a experiências offline, como percorrer os corredores de um supermercado ou padaria (o que se aproxima do campo do Design de Serviços).
De forma mais teórica, o design de experiência busca desenvolver a experiência de um produto, serviço ou evento em várias dimensões, como duração (iniciação, imersão, conclusão e continuação), intensidade (reflexo, hábito, envolvimento), abrangência (produtos, serviços, marcas, nomenclaturas, canais/ambiente/promoção e preço), interação (passiva, ativa e/ou interativa), gatilhos (todos os sentidos, conceitos e símbolos humanos) e significância (significado, status, emoção, preço e função).
É importante ressaltar que o termo UX Design originalmente estava mais relacionado ao design de fluxos informacionais em sites e aplicativos, mas, devido à evolução da tecnologia e dos negócios, está sujeito a revisões e reconceituações ao longo do tempo.
Áreas de especialidade e relacionadas
Pesquisa
A condução de pesquisas com usuários, seja de natureza qualitativa ou quantitativa, destaca-se como uma das atividades centrais no campo do UX Design. O propósito fundamental é aprofundar a compreensão dos padrões de comportamento dos usuários, visando aprimorar a concepção de produtos e serviços de maneira mais alinhada às suas necessidades e desejos.
Usabilidade
Usabilidade é uma área especializada que se dedica ao estudo dos fluxos e heurísticas de utilização de artefatos informacionais, tais como sistemas de informação, websites e aplicativos. Essa disciplina concentra-se na criação de experiências de usuário intuitivas, eficientes e satisfatórias, garantindo que os usuários possam interagir de maneira fluida e produtiva com os produtos digitais.
Acessibilidade
A acessibilidade representa uma subárea dedicada à concepção de artefatos informacionais que sejam acessíveis a todos os usuários, independentemente de suas características e/ou limitações físicas e intelectuais. Essa abordagem busca garantir que produtos, como sistemas de informação, sites e aplicativos, sejam projetados de maneira a proporcionar uma experiência inclusiva, permitindo que todas as pessoas possam usufruir de suas funcionalidades de forma eficaz e equitativa.
Design visual
O design visual refere-se ao processo de concepção das características estéticas de artefatos informacionais, com o objetivo de facilitar a sinalização e identificação. Esse campo envolve a manipulação consciente de elementos visuais, como cores, formas, espaços, símbolos e outros elementos gráficos, para criar uma apresentação visual coesa e impactante. Através do design visual, busca-se não apenas a estética, mas também a comunicação eficaz e intuitiva, proporcionando uma experiência visual atraente e funcional para os usuários.
Design de interação
O design de interação envolve o projeto de artefatos informacionais que incorporam elementos como movimento, feedback visual e outras características com o objetivo de facilitar e tornar mais agradável a operação por parte dos usuários. Essa disciplina visa criar interfaces intuitivas e eficientes, utilizando técnicas que promovam uma interação fluida entre os usuários e os sistemas. Ao incorporar elementos dinâmicos, proporciona uma experiência mais envolvente, aumentando a usabilidade e a satisfação do usuário durante a interação com os produtos digitais.
Arquitetura da informação
A arquitetura da informação é uma disciplina dedicada à estruturação e organização da disposição de informações em produtos e serviços informacionais. Seu foco principal reside na criação de esquemas e estruturas que tornem a informação mais acessível, compreensível e utilizável para os usuários. Isso envolve a concepção de hierarquias, categorizações, navegação e etiquetagem eficientes, visando garantir uma experiência de usuário coesa e intuitiva. A arquitetura da informação desempenha um papel fundamental na facilitação da localização e compreensão de conteúdo, contribuindo para a eficácia global dos sistemas e interfaces.
UX Writing
UX Writing é uma subárea relativamente recente que se concentra nos rótulos informacionais e trechos textuais destinados a orientar os usuários na utilização de um produto ou serviço. Essa prática visa aprimorar a experiência do usuário por meio da escolha cuidadosa de palavras, tom de voz e clareza na comunicação. O objetivo é fornecer informações de forma concisa, amigável e eficaz, contribuindo para uma interação mais intuitiva e positiva. O UX Writing desempenha um papel crucial na criação de mensagens que não apenas informam, mas também criam uma conexão mais significativa entre os usuários e a interface do produto ou serviço.
Etapas Comuns de UX Design
Aqui estão algumas etapas comuns no processo de Design de Experiência do Usuário (UX). É importante notar que a sequência e detalhes podem variar entre organizações, projetos ou produtos específicos. Em linhas gerais, o UX Design é geralmente composto pelas seguintes fases:
A fase de Desenvolvimento é o estágio em que o protótipo evolui para se tornar o produto ou serviço final. Essa etapa é liderada por desenvolvedores e engenheiros de software, especialmente no caso de produtos digitais. Durante o desenvolvimento, o código é escrito e a solução concebida nas fases anteriores do processo de UX Design é transformada em uma aplicação funcional.
Nessa fase, a colaboração estreita entre os designers e os desenvolvedores é essencial para garantir a fidelidade à visão de design original. A implementação pode envolver a construção de funcionalidades, integração de sistemas, otimização de desempenho e outros aspectos técnicos necessários para transformar o conceito em realidade. O objetivo é criar um produto ou serviço que não apenas atenda às expectativas de design, mas também seja robusto, eficiente e alinhado às necessidades dos usuários.
A fase de Acompanhamento e Melhorias marca o reinício do ciclo do processo de design para qualificar amplamente ou realizar melhorias pontuais na experiência de uso de todo o produto ou serviço. Nesta etapa, a atenção é voltada para a análise contínua do desempenho e feedback do produto ou serviço após seu lançamento.
Esse ciclo inclui atividades como monitoramento de métricas de desempenho, coleta de feedback dos usuários, análise de dados de uso e, potencialmente, a realização de novas pesquisas. Com base nessas informações, são identificadas oportunidades de melhoria ou ajustes para aprimorar ainda mais a experiência do usuário.
A abordagem iterativa é fundamental nessa fase, permitindo que o produto ou serviço evolua continuamente para atender às necessidades em constante mudança dos usuários e se manter alinhado às metas e objetivos estabelecidos. Esse ciclo de acompanhamento e melhorias contribui para um design mais refinado e adaptável ao longo do tempo.
Na fase de Ideação e Validação no processo de UX Design, são criados artefatos visuais, desde os mais simples, como wireframes, até os mais detalhados, como protótipos de alta fidelidade. Esses artefatos representam visualmente como a solução para o problema investigado deve se parecer após ser desenvolvida. Nesta etapa, pode haver a colaboração de designers visuais para aprimorar a estética e a usabilidade.
Durante essa fase, ocorrem novos testes e iterações, permitindo ajustes com base no feedback e nas observações. Essa abordagem iterativa é fundamental para a validação contínua da solução proposta. A validação ocorre quando o protótipo final é confirmado como eficaz e satisfatório, e está pronto para ser encaminhado para o processo de desenvolvimento. Essa fase é crucial para garantir que a solução final seja alinhada com as necessidades dos usuários e ofereça uma experiência de usuário otimizada.
Conclusão
Ao compreender esses aspectos do UX Design, você estará preparada para mergulhar nas práticas e teorias envolvidas nesse emocionante campo. Explore, questione e aproveite sua jornada neste curso!